Um grupo de pesquisa alemão da Universidade de Wurtzburg, liderado por Jurgan Loffler e Michael Hudacek, adotou uma abordagem completamente diferente para o tratamento da aspergilose, em vez de desenvolver medicamentos antifúngicos, eles optaram por 'treinar' o sistema imunológico de pacientes imunocomprometidos a reconhecer e atacar o infecção melhor na esperança de que isso irá melhorar a mortalidade.
Essa tecnologia foi copiada da pesquisa do câncer, onde sabemos que alguns cânceres escapam do ataque do sistema imunológico do hospedeiro e isso permite que o câncer cresça. Os pesquisadores são 'retreinar' com sucesso o sistema imunológico do hospedeiro para atacar as células cancerosas de forma mais eficaz.
O grupo pegou células do sistema imunológico de um camundongo (células T) que normalmente atacam micróbios infectantes para eliminar infecções e aumentar sua capacidade de encontrar Aspergillus fumigatus, que é o principal patógeno causador da aspergilose. Essas células foram então dadas a camundongos infectados com Aspergillus um sistema de modelo de camundongo destinado a simular aspergilose invasiva aguda em pacientes humanos.
O resultado foi que dos camundongos que tiveram aspergilose pulmonar invasiva e não receberam tratamento, 33% permaneceram vivos, enquanto para os camundongos que foram tratados com as células T de reforço (CAR-T) 80% sobreviveram.
Este resultado mostra-se muito promissor para o tratamento da aspergilose. Esses resultados experimentais precisam ser repetidos em um hospedeiro humano, mas está claro que essa abordagem pode formar a base para uma maneira totalmente nova de tratar a aspergilose, incluindo as formas crônicas de aspergilose, como aspergilose pulmonar crônica (CPA) e talvez até broncopulmonar alérgica. aspergilose (ABPA).